Apresentação



Como fomos parar no Egito?

Pois é, foi uma escolha massa, pesquisamos muito os preços de passagens, sem pensar em Egito, procurando outros destinos. Quem iria pensar em ir para o Egito, não é mesmo?

Foi em uma destas pesquisas que achamos uma super promoção, metade do preço, não tivemos dúvidas, batemos o martelo e compramos as passagens.

Convidamos minha tia, a Tita, ela topou e lá fomos nós, eu Célia e Tita nos prepararmos para uma grande aventura.

O Egito foi uma feliz escolha, a viagem foi ótima, conhecemos muitos cantos que nunca iríamos imaginar em conhecer.

Vou tentar contar como foi a viagem, mas levem em consideração que ela ocorreu em maio de 2005, muitos detalhes não lembrarei, vou dar uma idéia geral de como foi e assim que for lembrando eu vou postando.

O voo, parte II

Após as 6 horas de espera, chegou o nosso voo para o Egito.

Fomos embarcar todos animados, seriam mais 6 horas até o destino final, já estávamos cansados de avião.

O voo foi muito tranquilo, a companhia era a Air Egypt. Foi a melhor comida de avião que já comemos, era comida típica árabe, muito bem servida e com um tempero delicioso.

Além das comidas maravilhosas, as aeromoças, não tão bonitas, eram extremamente educadas, simpáticas e prestativas.

Chegamos ao aeroporto do Cairo e um guia, não me lembro o nome agora, estava nos esperando para nos dar as boas vindas e nos levar até o nosso hotel. O cara nos passou pela alfândega na frente de todos, foi rapidinho, já estávamos muito atrasados.

A esta altura, eram umas 2:00h, a van já havia pegado alguns turistas antes de nós, fomos deixando cada um em seus hoteis e nós ficamos por último em nosso hotel.




Hotel Moven Pick, ficava a 1,5 km das grandes pirâmides do Egito. 

O guia veio oferecer passeios até Abu Simbel, mas tínhamos que decidir de imediato, no hall do hotel, até Abu Simbel seriam 400 km mais ou menos, poderíamos fazê-los de avião ou de carro.

Indo de avião, levava aproximadamente uma hora. De carro, seria em comboio com a patrulha da polícia nos escoltando. Há muitos perigos no deserto, atravessaríamos 400 km do Sahara. A aventura de ida levaria 4 horas.


Decidimos não decidir nada ali, queríamos decidir com calma. Fomos para o quarto descansar pois teríamos que acordar as 6:00h da matina para seguir o roteiro do pacote.


No Egito não existem hoteis intermediários. Só existem hoteis de 5 estrelas ou de menos 5 estrelas. Nosso hotel era muito chic, piscinão todo iluminado, nota 10.


Pouco nos importava a categoria do hotel, já que tínhamos um pacote de turismo e nesse pacote havia um cruzeiro de navio pelo rio Nilo durante 5 dias. Também por ficarmos pela rua, conhecendo de tudo um pouco, mal usávamos o hotel.

Pouco ou muito uso, a primeira coisa que fiz ao entrar no quarto foi tomar um banho de banheira, como os faraós!




Nosso quarto era muito simpático e muito agradável. Ficava tipo no quintal do hotel, tipo um bangalô.







O voo, parte I

Tudo arrumado e conferido, nos dirigimos ao aeroporto de Guarulhos. Chegando ao aeroporto, fomos conferir os horários do voo, fazer check-in e despachar as malas. Feito isso, fomos tomar um café e esperar pelo nosso voo.

Estávamos todos muito ansiosos pela viagem. É certo que tínhamos comprado um pacote para o Egito, teríamos guia e tudo mais. Mesmo assim, é um país complicado e cheio de ataques terroristas, inclusive um terrorista se explodiu no meio dos turistas no Cairo 15 dias antes de chegarmos.

Avião na pista, fomos nós em direção a Londres. Nosso voo faria uma escala na cidade nebulosa.

Mais ou menos na metade do caminho, um rapaz começou a arrumar encrenca no avião. Reclamou que o fone dele não estava funcionando, pediu para trocar de lugar várias vezes, chegou ao ponto de incomodar os outros passageiros.A aeromoça veio falar com ele umas três vezes, a coisa estava ficando feia para o lado dele.

De repente, o comandante anunciou nos autofalantes que iria fazer um pouso inesperado em Fortaleza para desembarcar o rapaz.  Foi preciso o comandante do voo ir até o rapaz e dar-lhe uma bronca fenomenal para que o mesmo ficasse quieto.

O tempo de voo foi de 15:00 horas mais ou menos. Nesse meio tempo, tentávamos achar posições nos bancos para ficar, ou tentar ficar, um pouco menos desconfortável. A um certo momento do voo, eu estava domrindo sentado no chão e apoiado com a cabeça no assento, Célia estava no banco com as pernas para cima e a Tita deu sorte, pegou uma poltrona que não havia ninguém sentado ao lado. desta forma, Ela pôde se deitar nos 3 bancos livres e dormir.

Ao chegar em Londres, ninguém pôde sair do avião, pois o comandante chamou a polícia para escoltar o rapaz. Com certeza, ele iria tomar um belo chá de banco, iriam falar um monte de verdades na orelha dele e depois dispensá-lo. A polícia entrou no avião e levou o rapaz.

Tínhamos 4 horas de espera pela frente no aeroporto. Ainda bem que tinha fumódromo naquela época, apesar de ser uma sala muito fedida, que nem os fumantes aguentam por muito tempo. Já era alguma coisa.

Passeamos pelo aeroporto até cansarmos.

Escutamos pelos autofalantes do aeroporto que o nosso voo estava com um atraso de 2 horas. Fomos pegar um voucher para lancharmos, por causa deste atraso. Nos deram um voucher para cada um no valor de 30,00 libras. A proporção libra/real era de quase 4 para 1. Pensamos: "vai ser um banquete".

Escolhemos o local onde gastaríamos o voucher e vimos que, malemá, daria para comer um lanche. Tudo bem, comemos os lanches, estavam muito bons.

Nossa espera no aeroporto passou a ser de 6 horas.

O ponto inicial

Tudo começou com as férias chegando.

Sempre tentamos tirar férias em maio. Célia, que é sempre o ponto de partida das viagens, começou a procurar destinos, fuçar em preços de passagens, promoções, etc. Tudo muito caro como sempre, mas vira e mexe pintam promoções.

Era um belo domingo de sol em São Paulo (esta parte eu estou inventando, não lembro se estava sol), Célia procurava por promoções no jornal. Realmente ela achou algumas ofertas e destinos bacanas, mas de repente viu a oferta de um pacote para o Egito, com preços de viagens locais, com hotel, traslado e tudo mais.

Pensamos,.....Egito? Será?.....

Eu dizia que seria mais barato comprar só a passagem e ir por conta. Logo de cara Célia não topou. Ela tinha receio por ser um país em meio ao fanatismo religioso e atentados. Concordei. Em primeiro lugar, porque ela tinha razão mesmo. Em segundo lugar, porque não era mais barato comprar só a passagem e ir por conta. E, em terceiro lugar, esta seria a minha primeira viagem internacional.

Já que iríamos de pacote, pesquisamos mais ainda os preços, falamos com a proprietária de uma agência de viagens, amiga da mãe da Célia. Não é que ela arranjou tudo para nós com preços bem bacanas, vistos, passagens, o trâmite todo de viagem internacional?

O pacote para o Egito era de 11 dias, nossas férias eram de 30 dias, o que fazer no tempo restante?

Para ir para o Egito, tem escala na Europa - Portugal, Londres, Itália. Queimamos nossos miolos e chegamos a um roteiro. Como Célia tinha os avós morando em Portugal, decidimos juntar tudo. Visitaremos o Egito, depois voltaremos por Portugal, visitamos os avós e conhecemos Portugal e uma pequena parte da espanha, Santiago de Compostela.

Roteiro traçado, decidimos convidar minha tia, a Dô, eu a chamo de Tita, portanto vou tratá-la por Tita aqui no blog.

Tita titubeou, pensou e logo topou. A Tita é muito gente boa e cabeça aberta, ela é sempre uma boa companhia em viagens.

A parte de Portugal e Espanha, faríamos de carro emprestado do Avô da Célia, finado Sr. Antônio, que Deus o tenha. Mas como este blog contará apenas da viagem ao Egito, não vamos nos desviar, os blogs de Portugal e Espanha um dia sairão da cabeça e estarão no BoraJunto para vocês acompanharem.

Tripulantes definidos, malas arrumadas, aliás, foi um sufoco arrumar as malas, pois pegaríamos de 02 a 50 graus centígrados e tínhamos que levar roupas de frio e calor. E eu, como marinheiro de primeira viagem, emprestei uma super big extra large mala da vizinha da minha mãe, a Ingrid, muito gente boa também,.

Enchi a mala de roupas e não usei nem a metade, foi uma mala mesmo, só faltava estar sem alças, foi um trambolho pesado para ficar carregando, mas enfim, vivendo e aprendendo.

Estes foram só os preparativos, na próxima postagem começa, de fato, a aventura.

Acompanhem.